Ao mar faço meus desejos
mais reluzentes,
e que no ensejo
esteja presente
a aurora da brisa,
sem nenhuma divisa
que abstraia
efêmeros sentimentos
de amor e algazarra.
E os momentos,
que as noites azulejam,
indeléveis sejam,
como aqueles
em nosso leito,
que o tempo desfez
mas que no peito
ainda queima e arde
como sol em fim de tarde.
À Senhora absoluta
do império das águas,
– sei que me escuta.
Peço como humilde nauta
que abençoe esta vossa filha
em sua árduosa trilha
de amores inúteis e dolorosos
que compõem uma historia de cores,
formas, crenças e ritmos vaporosos.
Nanda Braga
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