sábado, 7 de maio de 2011

A BENÇÃO

Ao mar faço meus desejos
mais reluzentes,
e que no ensejo
esteja presente
a aurora da brisa,
sem nenhuma divisa

que abstraia
efêmeros sentimentos
de amor e algazarra.
E os momentos,
que as noites azulejam,
indeléveis sejam,

como aqueles
em nosso leito,
que o tempo desfez
mas que no peito
ainda queima e arde
como sol em fim de tarde.

À Senhora absoluta
do império das águas,
– sei que me escuta.
Peço como humilde nauta
que abençoe esta vossa filha
em sua árduosa trilha

de amores inúteis e dolorosos
que compõem uma historia de cores,
formas, crenças e ritmos vaporosos.

Nanda Braga

Nenhum comentário:

Postar um comentário