sábado, 7 de maio de 2011

ANTINOMIA

Jurei que nunca mais escreveria uma sequer curta linha
para ti e esse amor inútil e insuportável que habita em mim.
Jurei trancar todos poemas em um baú e joga-los ao mar
só para ver e ter certeza de que nossa história teve um fim.

Mas como te abandonar ao mar e sua correnteza
se tua presença ainda é tão forte em meu entardecer
se teu olhar ainda vibra nos meus com destreza
e tuas lembranças ainda jorram mesmo sem querer?

Queria tanto mais um momento em teu peito,
minhas mãos sentem tanta falta do teu corpo
e o meu clama de saudade por teu feito.
Então! Como dizer-lhes que não somos mais o teu escopo?

Se não me conformo de não ter mais teu gosto
e de viver sem teu sorriso maroto.

Nanda Braga

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